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O PSD apostou em Pedro Vinha Costa, um peso pesado do partido no distrito do Porto. Com uma tarefa bem hercúlea, PVC enfrenta o desafio como de resto tem estado na política: dando o corpo às balas. Em 2009 o candidato foi José Guilherme Aguiar, em coligação com o CDS, que depois de um resultado fraco, foi o terceiro elegendo 2 vereadores, acabou por integrar o executivo de modo a permitir a Guilherme Pinto conseguir governar a camara.
Agora, em 2013, Pedro Vinha Costa que é o presidente concelhio, tem a responsabilidade de conseguir um resultado digno para o PSD, que desta feita vai a eleições sem a coligação com o CDS. Não acredito que o PSD lhe tenha pedido a vitória, mas estou em crer que Vinha Costa lutará por ela.
Mas vamos então analisar o cartaz.
Uma particularidade é o facto de ali vir estampado que Pedro é candidato a presidente da câmara. Não é caso único mas denota uma fragilidade de notoriedade, apesar da muita campanha de rua em contacto com a população que ele tem feito.
Por outro lado a foto é demasiado grande prejudicando a empatia com o eleitorado. Deveria ter havido um cuidado especial na dimensão e enquadramento. Não está de frente, nem está de lado. Está a meio” gás”. Mais a mais que as ondas azuis dão um efeito visual perigoso, dando a ideia que o candidato está a cair em cima de quem o olha. A noção da existência de dois planos, um com a fotografia e outro com a mensagem e o nome, torna o cartaz peculiar na relação com o eleitor.
E finalmente o slogan. Fraco. Para matosinhos vencer? Vencer o quê? As ondas do mar, já aqui referidas? O campeonato de voleibol? Pedro precisava de um posicionamento mais forte neste arranque de campanha. Dar a entender ao que vem e o que trás de novo. Aguardemos pela nova vaga. Sem arrojo, a nota fica por uns 14 que o salvam da oral, mas não lhe fazem grande média.
Num contributo enviado por mail chegaram-nos diversos cartazes da campanha em Matosinhos, uma das que mais mediatismo tem tido, devido à candidatura independente de Narciso Miranda. A campanha tem sido quente e o PSD tenta aproveitar a divisão do eleitorado socialista, apresentando um candidato também mediático, Guilherme Aguiar, que assume o risco trocando este desafio pela continuidade enquanto Vereador em Gaia.
Neste post irei apenas analisar um cartaz que me chamou a atenção pois mostra a dificuldade que os movimentos independentes têm de ser reconhecidos nos boletins de voto, ainda para mais quando são candidatos que têm um percurso ligado a um partido político.
Ainda ontem na reportagem na TSF ouviu-se por diversas vezes o candidato Narciso Miranda a dizer às pessoas que “têm de votar no coração, o Narciso já não é na mãozinha”. E logo de seguida ouvia-se o candidato do PS e actual Presidente de Câmara, Guilherme Pinto a afirmar que acredita que as pessoas “irão votar na mãozinha”.
Este cartaz de Narciso pretende cumprir o objectivo de passar a mensagem de como se deve votar, se for ele a opção. Um cartaz objectivo e bem conseguido graficamente.