Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O concelho da Mealhada é conhecido pelo leitão ou como sendo “a terra das 4 maravilhas da mesa: pão, água, vinho e leitão”.
Este concelho, do distrito de Aveiro, é governado pelo partido socialista desde 1989, com sucessivas maiorias absolutas. Aliás, desde 1976 e até 2013, apenas em 1985 ganhou um partido que não o PS, neste caso o PSD. Estes eram tempos “áureos do Cavaquismo” e a vitória foi retirado ao PSD, em 1989, pelas mãos de Rui Marqueiro que esteve à frente desta câmara municipal até 1999, altura em que entregou a autarquia ao seu número dois.
Este é o candidato a presidente da Câmara Municipal da Mealhada, apresentado pelo PS, (Carlos Cabral, actual presidente, atingiu o limite de mandatos).
O PSD, neste caso coligação do PSD, MPT, CDS-PP e PPM, apresenta como candidato Gonçalo Vigário Louzada, actual presidente do Conselho de Administração da Sociedade Agrícola Caves Messias, conhecido pelo seu envolvimento com o desporto da terra, como o clube de hóquei em patins.
João Louceiro é o candidato da CDU. Braço direito de Mário Nogueira no Sindicato de Professores do Centro, que procurará voltar a ter um vereador no executivo (em 1989 perdeu o seu vereador Carlos Cabral, actual presidente da câmara).
Por fim, o Bloco de Esquerda apresenta como candidato à Câmara Municipal Ricardo Coelho, portuense, licenciado em Economia, residente em Canedo, Pampilhosa.
Em resumo, temos 4 candidatos, 3 partidos de esquerda e uma coligação de direita que acredita que este poderá ser o caminho para recuperarem o poder que perderam há mais de 20 anos.
Comecemos com a análise das imagens de campanha do candidato da coligação PSD, MPT, CDS-PP e PPM:
Na minha opinião este está longe de ser um bom outdoor. Está demasiado confuso: 3 ou 4 tamanhos de texto, 2 ou 3 tipos de letra de várias cores e sobrepostas, o esfumado verde com um outro que me parece cor-de-rosa. Não está harmonioso. O nome do candidato não é fácil de ser lido e o contraste e escolha de cores da sua assinatura (vermelho e verde) não é o melhor. De realçar que mais uma vez o verde é a cor escolhida, cor da esperança e das paisagens.
Por outo lado gosto da fotografia do candidato. A roupa é adequada e o candidato tem um “ar próximo”.
É, certamente, “defeito de profissão”, mas a primeira coisa que vi no outdoor foi a referência ao Facebook. Neste outdoor temos o link e nome de utilizador, devidamente definido. Embora ache o nome de utilizador demasiado longo, este é a assinatura da campanha (e também o domínio do website).
Em resumo, se simplificassem a imagem, tirando os esfumados, optando por um fundo de uma cor e evitassem todos os tipos de letra, tamanhos e cor presentes, penso que seria bastante mais impactante.
Passemos agora à análise do outdoor de Rui Marqueiro, candidato a Presidente pelo PS. Gosto bastante mais deste outdoor! Há harmonia entre os vários elementos e transmite a “tranquilidade", associada à cor escolhida. O fundo azul e a escolha das letras brancas é, na minha opinião, uma óptima combinação.
A fotografia é adequada, o candidato está a sorrir, a olhar em frente. A roupa é também ela adequada.
Neste outdoor também está referenciado o Facebook. Aliás, é mencionado o Facebook e não o website, o que me leva a assumir que esta será a principal plataforma online desta campanha.
O slogan não é diferenciador, e se um “está pela terra” o outro “está pelas pessoas”.
De realçar as letras pequeninas na camisa do candidato, que dificilmente serão lidas, com a mensagem “candidato a presidente da CM da Mealhada”.
Resta-nos saber se o PS conseguirá somar mais uma vitória ou se a coligação conseguiu ser suficiente forte para conquistar esta Câmara Municipal...
Poderão recuperar a análise realizada aos materiais de comunicação dos candidatos de 2009, aqui.
(Os nossos agradecimentos ao Nuno Castela Canilho pelo envio das imagens.)
Acho que não se corre grande risco ao fazer a afirmação de que a Figueira da Foz apenas entrou verdadeiramente para o mapa político nacional em 1997, quando Pedro Santana Lopes, em mais uma das suas decisões arrojadas, se candidatou a Presidente da Câmara Municipal e venceu. E com estrondo. Com quase 60% dos votos numa autarquia até então sempre liderada pelo PS.
Em 2009, com o PSD dividido entre a candidatura oficial e uma lista “independente”, encabeçada por um ex-vereador, o PS reconquista a Câmara Municipal, derrotando Duarte Silva, o presidente que substituiu Santana Lopes, e cuja campanha analisámos em 2009.
Na lista de Duarte Silva é eleito como vereador Miguel Almeida, que já tinha sido vereador no mandato presidido por Santana Lopes, e que surge agora como candidato pela coligação “Somos Figueira” que junta PSD e CDS, o que, se não estou em erro, é a primeira vez que acontece neste concelho, e outros partidos como o MPT.
Não tenho acompanhado a realidade da Figueira da Foz, pelo que não sei qual será o desfecho em 2013. Certamente que muitas variáveis irão influenciar esta campanha, como qual o grau de divisão das principais forças políticas, se voltará a existir candidatura independente e, não é de relevar, o envolvimento de Santana Lopes, que esteve na apresentação de candidatura de Miguel Almeida.
Por isso, passado o enquadramento, passemos à análise do primeiro cartaz deste candidato, que pelo que se pode ver no site de candidatura e no facebook (link para post com hino), está muito activo e a apostar forte e com qualidade (vejam o vídeo no site).
Aqueles que já vão acompanhando as minhas análises já devem imaginar a minha opinião sobre este cartaz. Gosto. Simples e eficaz. É um cartaz de apresentação do candidato, de marcação de terreno, e cumpre o objectivo. Duas cores, com um azul energético e que em conjugação com o logótipo da candidatura remete para o mar, algo tão presente na Figueira da Foz. Um slogan, que embora não seja original (recorda as presidenciais de 1986) é positivo. A foto, seguindo o objectivo de apresentação de candidato, ocupa grande parte do cartaz e está bem colocada. Quase no limiar de entrar na categoria das fotos “recortadas”, mas não caíram nesse erro.
Em Braga a disputa pela vitória é entre Mesquita Machado e Ricardo Rio, mas Miguel Brito, antigo vereador do CDS, é candidato pelo MPT. Sem grandes esperanças de ser eleito vereador, dizem as más línguas que esta candidatura serve apenas os interesses do actual edil.
Este é um cartaz algo confuso, com a utilização de vários tipos de letra, algumas muito pouco perceptíveis, e onde a palavra Braga às cores também não fica bem. O slogan, "Braga é gente" também não se percebe muito bem. A fotografia do candidato podia estar melhor, e até parece que está esticada.
enviado por email.
Já aqui tínhamos analisado alguns cartazes da campanha de Santana Lopes. Para mim, esta vaga é a melhor até ao momento. Nestes já surgem os logotipos dos partidos da coligação "Lisboa com Sentido".
Gosto particularmente da cor e da vivacidade que os cartazes transmitem, que, juntamente com as palavras de ordem, aproximam o candidato do eleitor. No verde, que serve para reforçar a distinção entre os candidatos, para além das características destacadas, a frase "é disto que Lisboa precisa"
está bem conseguida e dá ligação com o primeiro cartaz do "Lisboa precisa de quem faça". Os azuis têm tom de discurso directo e mais que o slogan é o candidato a falar.
Santana Lopes é um político experiente e está a realizar uma campanha eficaz, ao nível dos cartazes.
Penamacor é um concelho com uma história política recente bastante movimentada. Apenas em um mandato não foi presidida pelo PS, quando em 2001 venceu uma candidatura independente, numas eleições em que o PSD nem apresentou listas. Este ano repete-se o cenário de 2005: Domingos Torrão recandidata-se pelo PS tendo oposição da coligação que junta PSD / CDS-PP e MPT.
O candidato do PS apresenta um cartaz simples, com um slogan assente na rima. O fundo do cartaz deveria ser todo azul, pois camisa branca em fundo branco fica a impressão de que falta algo ali.
A coligação “todos por Penamacor” apresenta um cartaz com uma solução gráfica que eu particularmente gosto e acho feliz, a silhueta de paisagem. Na conjugação desta imagem com o slogan básico o cartaz acaba por transmitir com força um “patriotismo” da terra. O pior do cartaz é a foto do candidato, com opção pela moda dos braços cruzados. A postura e posição não estão bem conseguidas.