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KISS vs. Proximidade – combate dia 29
Em 2009 Azambuja observou uma vitória inquestionável do PS, com 56,61% dos votos e cinco vereadores (em sete do executivo camarário). A coligação PSD/CDS/MPT/PPM seguiu-se com 17,18% dos votos e a CDU (PCP/PEV) com 16,89% - ambos com um vereador eleito.
Mas com a renúncia do presidente eleito em 2009 (por motivos de saúde), sobe à presidência Luís de Sousa (vice-presidente) que agora se apresenta naturalmente ao eleitorado como candidato à Câmara Municipal.
Dizem as nossas fontes (se não for verdade que nos enviem outra informação que alteramos) que Luís de Sousa não é da sede do concelho (é de Alcoentre – freguesia do concelho mas não de Azambuja) e que a população de Azambuja, que pesa cerca de um terço no total dos habitantes do concelho (habitantes – não votantes que essa informação não consegui apurar), valoriza esse facto. Aliás, as mesmas fontes dizem-nos que sempre que o PS apresentou candidatos de fora da sede do concelho terá perdido as eleições.
Será esta uma oportunidade para a coligação PSD/CDS/MPT/PPM que volta a concorrer? Vejamos os cartazes de campanha:
Este é um cartaz KISS (Keep It Simple Stupid). E no meio de algumas salganhadas que já vi nestas autárquicas, um cartaz KISS não me choca: candidatos alinhados, eles sem gravata para passar proximidade, elas mais formais para transmitir seriedade (penso eu de que), um fundo vermelho a remeter para o património gráfico do PS (sim, é este o património histórico, não o verde “Autárquicas 2013”, nem o rosa da “Paixão”), identificação da lista em barra inferior e um slogan que diz ao que vem: “O rumo natural” – continuidade da governação. Só é pena o carimbo no canto superior direito que além de não ter leitura não acrescenta nada por aí além.
A coligação PSD/CDS/MPT/PPM (a partir de agora referida apenas como “coligação”, pois aquelas siglas todas gastam-me o espaço), apostou numa campanha de proximidade. E a proximidade é positiva, sobretudo em campanhas autárquicas.
Assim, apostou na dispersão de muitos cartazes de pequeno formato, sobretudo na vila (muita presença num espaço mais reduzido – criando a sensação de massificação com custos menos elevados), colocando os candidatos nas mesmas, o que dá uma dispersão de caras que transmite uma “força de fundo” – mobilização.
As fotos estão bem tiradas (as que recebemos e vimos) e transmitem empatia. São simpáticas e apresentam os candidatos sem os identificar (o que por norma não gostaria) mas que ao remeter para outros materiais de campanha, consegue dinamizar e despertar ainda mais os mesmos. Obriga a mais trabalho de rua? Sim e ainda bem. Como disse acima, as autárquicas são eleições de proximidade e se não houver “rua” nestas, então não faz sentido candidatar-se.
Quanto ao slogan, também aqui se é directo: “Somos a mudança” diz ao que vem, ainda mais quando são “assinatura” de uma série de cartazes com várias pessoas. Uma vez mais transmite dinamismo.
São duas campanhas diferentes mas consistentes. Dia 29 vamos ver qual a mais eficaz.