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Para analisar política no Marco de Canaveses o nome de Avelino Ferreira Torres é incontornável. Quem está de fora dirá que pelos piores motivos, mas arrisco a dizer que mesmo para quem está por dentro, ou seja os marcoenses, a opinião é esmagadoramente a mesma.
Mas se pensar que Avelino Ferreira Torres deixou de ser presidente em 2005, concorrendo nesse ano a Amarante, pensa como se pode ainda hoje pensar no seu nome como alternativa credível. Mas a realidade não cansa de nos espantar. Pois bem ele volta em 2013, depois de em 2009 ter conseguido apenas 30% dos votos. Na altura avançou como independente. Este ano repete a dose, se bem que com o apoio encapotado do CDS que volta a não apresentar candidato, apesar de Avelino ser o actual presidente da concelhia. Percebeu? Eu não.
Mas deixemo-nos de viajar ao passado e centremo-nos no presente. E claro comecemos por Avelino Ferreira Torres e o seu cartaz.
Como se pode ver seguiu o mau exemplo de 2009, aqui e aqui e conseguiu fazer um cartaz confuso mas no seu estilo directo e sem papas na língua. O slogan até diria ser bom. Mas repare-se que a primeira referência é ao candidato, ou seja ele próprio. O ego é grande. “Marco Confiante com Ferreira Torres” é o nome do movimento que nos aparece em grande rodapé no cartaz. Cartaz esse que exibe 5 tipos de letra. Para não falar que Avelino é do tamanho da câmara, ou será que é maior do que ela? Pouco cuidado gráfico portanto numa ideia que até mantem coerência com a mensagem.
Passemos a outro independente.
Agora este desavindo do PS Artur Melo. Em 2009 foi o candidato do PS mas sem grandes resultados. Volta em 2013 como independente. E deveria ter adiado para 2017 pelo menos para ter tempo e fazer um cartaz em condições. “Que seja agora”. Que é isto? Que vai acontecer e que não aconteceu? Medo. E depois Marco Positivo? Que seja agora marco positivo? Parece-me uma ideia mal concebida, que ainda foi piorada com a utilização das cores. E Artur Melo não sai beneficiado na fotografia, apesar da ideia do rio douro por fundo ser interessante, mas claramente o conjunto é pobre. Parece que em 2009 não ouviu.
E chegados ao PS a confusão então é enorme.
A primeira impressão que temos é que estamos perante uma barreira num jogo de futebol. Sim, com as mãozinhas a proteger as partes baixas. Mas eis que temos um que se baldou e colocou as mãos nos bolsos. Afinal em que ficamos? São uma equipa ou não? E depois temos uma dificuldade enorme em perceber quem é quem. A senhora chama-se Amador Moreira? Isto se fizermos leitura seguida da primeira fila. Ou então Tiago Moreira se optarmos por ler de forma diferente. E que aconteceu à regra das proporções? À senhora já não lhe bastava a questão do nome ainda a mingam? Bem passemos ao slogan, que não é mau de todo, mas dá a ideia de que existe muita coisa boa. São honestos o que na política até pode ser uma virtude, mas num cartaz acaba por ter pouca chama. E seguramente o que faz falta é o PS contratar alguém da área do design.
E chegamos ao actual Presidente e recandidato Manuel Moreira do PSD.
É claramente o melhor dos cartazes mas ainda assim atrevia-me a sugerir umas alterações. Não recorre às ondinhas que tanto irritam os escribas desta casa, mas diria que ainda assim a escolha daqueles triângulos, isósceles e outras variáveis, de várias cores eram dispensáveis. Mas esta segue a linha do cartaz de 2009. Dele e do Vital Moreira. Confusos? Veja aqui. Quanto ao resto, tem a vantagem de ser o presidente e soube usá-la quer no slogan principal, “Continuar a mudança” , quer quanto à sua identificação “com Manuel Moreira o nosso presidente”. Dispensável a tentativa de dar um toque pessoal, como se escrito à mão pelo próprio, no “com”. E a fonte usada é um pouco agressiva. A foto é boa, com um ar meio sorridente meio intimista. No computo geral é positivo mas não escapava de oral.