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Já aqui fiz a análise sobre St Tirso, tendo na altura apenas abordado o PS
Agora a análise será mais abrangente. Comecemos então pela CDU.
Desconheço se a CDU apostou em formatos maiores, mas os seus resultados habituais não dá para muitas extravagâncias. Mas este formato permite aos comunistas espalhar a sua imagem por vários cantos e a baixo custo. E não há muito a dizer. Eles são iguais em todo o lado, ou não fosse a velha cassete comunista a funcionar.
Saltemos então para a surpresa de última hora nas eleições tirsenses.
Henrique Pinheiro que se apresenta como independente e apenas na candidatura à câmara e assembleia municipal. Era um histórico do CDS mas aos poucos foi-se afastando. Presidente de Junta há 15 anos tem vida autárquica desde 1976. Um dinossauro. A sua candidatura nasce claramente de uma vontade popular e representa um perigo muito grande quer para o PS quer para o PSD. As 5.000 assinaturas recolhidas permitem-lhe pensar em ficar à frente do CDS e ser a terceira força política. Veremos se assim acontece, pois muitas são as vezes em que uma assinatura não representa um voto nas urnas. Não deve no entanto dar para eleger-se como vereador. Mas os seus votos podem fazer pender a balança ou para o PSD ou para o PS.
Mas vamos ao cartaz.
Uma boa foto, um sorriso conquistador dos eleitores, não tem ondas apesar de sentir que houve ali alguma tentação. Prá frente Santo Tirso é o nome do movimento, que eu teria apostado que fosse o slogan. Até porque o “Vida Nova” por baixo do nome do candidato parece que se refere a ele e não ao concelho de Santo Tirso que aparece por baixo. E também porque temos 4 níveis de mensagens, “Independente” (que eu teria deixado cair ou então faria parte de um slogan), o nome do candidato, a tal vida nova e por fim a referência ao concelho. Coisas a mais que poderiam ter sido simplificadas a duas. O cartaz perde por isso força o que é pena.
O do CDS começa por ser de difícil análise em virtude da foto que nos foi enviada.
Mas logo à partida temos que reconhecer que usaram uma estratégia completamente diferente quanto ao grafismo. Que diga-se é eficaz mas pouco criativa. Permite sem dúvida ter uma boa foto do candidato e o texto organizado, neste caso centrado e já está.
O slogan é bom, envolvente. E no final do cartaz o “claim” do CDS meio adaptado.
Um cartaz que não compromete mas que acaba por ser fraquito.
Vamos então ao seguinte:
O PSD tem logo duas pequenas particulares: a foto colocada do lado direito do cartaz e o nome do candidato que não sendo fácil nem comum pode levar por isso mesmo a uma boa memorização. Quanto ao aspecto gráfico não sou muito partidário da conjugação destas cores por um lado nem às ondinhas que subtilmente se ali vêem. O slogan é curto e procura também ele criar empatia e envolvente com os seus eleitores.
O do PS fica para último.
Fiquei contente e a explicação é simples. Os erros que referi no primeiro cartaz foram corrigidos. As letras ocupam mais espaço, a velinha e a criança ficaram na pasta do computador, e temos umas imagens de fundo que não atrapalham a leitura do cartaz. Diga-se que esta campanha de Joaquim Couto em Santo Tirso pede meças a muitas que se realizam em concelhos maiores e como tal supostamente com mais recursos financeiros. Ou talvez não. Em resumo um bom cartaz que lhe permite passar a mensagem.
Mais a mais que em Santo Tirso tem ainda outras placas com o seu nome.
Sabe onde? Não? Então volte ao cartaz do Independente Henrique Pinheiro.