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Cascais :: PSD/CDS, PS e Independentes (Ser Cascais)

análise de Telmo Carrapa, em 16.09.13

O poder do Imagens de Campanha

Este é o quarto post sobre Cascais (os anteriores podem ser lidos aqui, aqui e aqui). O primeiro foi sobre a generalidade das campanhas e depois das segundas fases do PSD-CDS e do PS. Agora que estamos na recta final, saíram novos materiais, o que justifica o regresso ao Concelho.

E o que é que nos dá gozo? Ver que ou o “Imagens de Campanha” é um veículo poderoso (gaba-te cesto) ou que temos um poder de antevisão estratégica que é digno de louvor.

Passo a explicar: Na primeira análise disse que Carlos Carreiras errou ao não colocar nos cartazes a sua foto. E o que é que aconteceu? Carlos Carreiras não mais deixou de estar presente nos outdoors espalhados pelo Concelho.

Na minha última análise à segunda fase do PS questionei o ar sério do candidato e perguntei se não dava para dar um sorriso. Resultado? Nesta última fase de campanha eis que João Cordeiro surge com um sorriso (tímido, já ouvi comentar, mas sorriso)!

E se isto não é influência (uma vez mais – gaba-te cesto…), então não sei o que é influência!... Agora que já massajámos o ego, vamos lá aos comentários.

E comecemos pela nova imagem da coligação PSD-CDS. A foto do candidato é a mesma que já tinha sido analisada, pelo que não acrescento nada ao que já escrevi (dá uma imagem empática do candidato, optando por não o colocar de gravata e com um tímido sorriso). O arranjo gráfico é interessante, deixando respirar todos os elementos do cartaz e a manutenção da grafia utilizada mantém a coerência com a campanha do passado recente.

E depois surgem dois elementos novos: O “dia 29 contamos consigo”, uma forma inteligente de apelar ao voto sem ter que esperar pelo período de campanha oficial e o novo slogan.

Aqui é que a “porca torce o rabo”. Não percebo… É a primeira vez que vejo a utilização desta palavra em campanhas políticas e a inovação é de saudar. Mas confesso que consigo ler tantas coisas neste “Elevar Cascais” que não sei o que é que se quis dizer. Elevar a vila a cidade (não creio que seja uma vontade dos munícipes)? Elevar o discurso eleitoral (que até nem tem sido muito baixo para o que já vi por aí)? Elevar o Concelho a algo mais relevante no panorama nacional (volto a dizer que quando se é situação não se deve utilizar frases de oposição)? É tudo isto? Não é nada disto? Então não percebo…

No PS deixámos de dar destaque ao “Liderar” (que continua lá em formato de endereço do site da campanha) e arranjou-se uma forma também interessante de apelar ao voto antes do período de campanha oficial. Confiar nos eleitores é sinal de acreditar na democracia mas também é uma forma de dizer “fizemos o que podíamos e agora está nas suas mãos” (baixar de braços?).

Mas o mais interessante foi o destaque dado ao cabeça de lista para a Assembleia Municipal (figura pública) e, mais relevante para mim, o sorriso do candidato. Depois de uma campanha a afirmar a liderança pela seriedade, resolveu-se mostrar que a liderança também pode ser simpática.

Em relação ao movimento “Ser Cascais”, sobre o qual escrevi no meu primeiro post no “Imagens de Campanha”, parece que o dinheiro se esgotou na primeira leva de campanha (o que para um movimento independente é normal). Depois de uma fase em que se destacou (e só) a candidata à presidência da Câmara, em formatos 8x3, Smarts e afins, agora para uma série de palavras isoladas e que poderiam ter sido aleatoriamente retiradas de uma lista de chavões, têm que ir para pequenos formatos. Tudo bem, mantém a dignidade. Podiam é ter aproveitado para colocar mensagens verdadeiramente relevantes e que revelassem propostas da candidatura. Assim não me diz nada.

 

Concluindo e voltando ao início. É giro ver esta capacidade de antecipar a evolução das campanhas. Ou então, perceber o verdadeiro poder daqui do “Imagens de Campanha”…

 

 

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publicado às 17:53



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Compilação e análise de imagens das Campanhas Portuguesas (e não só). Cartazes, folhetos e materiais digitais (e outros). O melhor e o pior. Os verdadeiros e não só.

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