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Póvoa de Lanhoso decididamente não é terreno para o CDS. 1,16% é o score em 2009 e 1,24 em 2005. E nas duas eleições o PSD manteve a liderança da câmara, sendo o seu actual presidente, Manuel José Baptista, recandidato a mais um mandato.
Situado bem no centro da região minhota, Póvoa de Lanhoso é pois mais um local em que o CDS tem que apresentar uma candidatura para cumprir calendário, pois é mesmo difícil que o facto de ser terceiro partido lhe permita ser fundamental na constituição da maioria.
A candidata, Deolinda Queirós, é assim uma “mulher de armas”, como referiu Altino Bessa quando da sua apresentação. O problema é que as armas de que dispõe são fracas perante a artilharia pesada que enfrenta. Mas só ao nível de captação de votos.
Indo ao que interessa, o cartaz, a análise não é muito favorável.
A foto da candidata, apresenta-nos uma mulher livre, solta, sorridente, confiante com a vida. Mas não a futura presidente da câmara.
Mais a mais que o efeito de sombra em seu redor ainda lhe dá um ar mais estranho, como que uma ninfa que desceu à terra. Imagino o desespero do gráfico quando lhe colocaram como hipótese fazer um recorte da foto da Deolinda Queiros. A solução estava na nuvem terá pensado aliviado.
Mas pior de tudo é a foto da paisagem. Póvoa de Lanhoso ser identificada por uns “obeliscos”, esbatidos numa foto a preto e branco para onde atiraram um azul manhoso, não ajuda em nada em dar projecção à candidata. Parece saído da revolução industrial.
E o slogan não traz nada de novo. Admitimos que todos tenham o seu concelho no coração. E? que traz de novo?
O resultado final é claramente pouco favorável. Nota 8. Com pena, pois está bom de ver que a candidata deve ser boa “onda”.
PSD
Por falar em ondas, temos também o cartaz do PSD para analisar. Esta necessidade de mostrar que se domina as curvas no computador põe-me doido.
A foto do presidente/candidato é quase boa. Olha de frente, com um sorriso a “25%”, mas parece-me que a foto poderia ser bem menos agressiva e não aproveitar a altura total do cartaz. O candidato não tem necessariamente um ar muito “empático” e por isso não havia necessidade em abusar dele.
O fundo com uma silhueta citadina, é feito também aqui em cores esbatidas. E talvez por isso toca a por umas ondas coloridas. Que são completamente desnecessárias, criando “ruído” desnecessário. Uma vez mais confirma-se que o “barulho das luzes” é perigoso.
Interessante o facto de não haver qualquer referência ao acto eleitoral, nem facebook, o que demonstra uma enorme segurança na sua notoriedade.
Quanto a slogans estamos falados.O "Presidente dos povoenses" é claramente um recordar do seu actual papel, um reforçar da sua posição de líder e do papel que pretende ter no futuro.
Também aqui o resultado final não é positivo.
Em resumo, fraca utilização cromática, fotografias desajustadas e pouco cuidado gráfico. Mas pelo menos um e outro serviram para ajudar a promover negócios locais :)