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Porto

análise de Rodrigo Saraiva, em 03.10.09

O Nuno já aqui comentou o primeiro outdoor de Rui Rio, candidato pela coligação O Porto Em Primeiro. Actualmente esta candidatura tem na rua a terceira vaga de cartazes.
 

No seguimento desta notícia, em vez da nossa análise optámos por tentar ter a explicação do criativo e estratega da própria campanha, Agostinho Branquinho, a quem agradecemos a prontidão da resposta.

 

Fica então a explicação e os respectivos materiais:

 

A estratégia de campanha de Rui Rio teve 3 momentos:

O 1º de posicionamento - olhando para as alternativas, nomeadamente para o PS, entendemos que a diferenciação com a candidatura alternativa deveria assentar no sublinhar daquela vantagem que nos parecia mais relevante - o facto de Elisa Ferreira ser candidata, simultaneamente, ao Parlamento Europeu e à Câmara Municipal. Daí a assinatura de campanha "O Porto em Primeiro" e o 1º cartaz para reforçar isso - No Porto com os dois pés.


O 2º momento - dar relevo ao trabalho feito. Foram desenvolvidas 2 peças centrais: um segundo outdoor (Porto - Cidade de Eleição) e um jornal de campanha (Este é o nosso caminho), com 28 páginas onde se mostra a obra feita ao longo dos 8 anos e se deixam as prioridades para os próximos 4 anos
(ver jornal aqui).

 

 

O 3º momento é do apelo ao voto - para se evitar um cliché, optou-se pelo headline "Porto a 100%", onde se procura, através da quantificação, fazer as pessoas intuírem que quanto maior for a votação na candidatura mais possibilidades existirão de cumprirmos o nosso programa. É o cartaz que surge agora nas ruas.

 

 

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publicado às 11:00


já andam a falar aqui

De cjt a 03.10.2009 às 16:34

e eu continuo a dizer, tal como disse no artigo anterior, que

«já estive para escrever acerca deste cartaz, mas pelos motivos opostos.
na realidade, considero-o um cartaz tremendamente mal concebido.
se bem que o "slogan" esteja bom, a apelar para um sentido de certeza, equilíbrio, realismo e, mais importante, fazendo contraponto à candidatura de elisa ferreira, que seria, neste contexto, a candidatura de "um pé no porto, outro na europa", a imagem traz-nos o resto, que é negativo.
o cinzento escolhido, cor neutra que esperaria o criativo conotar-se com uma outra neutralidade, a supra-partidária (e supra-europeia) reflectida em "o porto em primeiro", traz também algo de - precisamente - cinzentismo. para além disso, o porto, terra de granito, não é somente, e que o fosse, cinza. é também, e muito, cores de todo o espectro.
para além disso, rui rio, na imagem, contradiz essa frase de "o porto em primeiro", antes pelo contrário: no cartaz, quem está em primeiro é rui rio, sendo o porto apenas uma silhueta esmaecida, um cinzento mais claro entre toda a escuridão.
tudo isto é trágico, não para rio, não para o criativo, mas sim para o porto: esta é, afinal de contas, a semiótica do real, seja qual for o candidato. até creio que os cartazes, correspondento à realidade das coisas, deveriam ser todos assim.
por fim, o próprio rio: a três quartos, corpo inteiro presente, sorriso e à vontade suficiente numa atitude desafiadora de perna aberta e bem assente e equilibrada a ser devidamente atenuada pela mão no bolso e braço pendente. aqui, está bem.
quanto ao resto, lamento, mas este cartaz é tudo menos um cartaz muito eficaz. perde-se a mensagem central em toda a desmoralização reinante.
há praia e sol, no porto. e não é pouco!


de resto, nada de novo nos novos cartazes, o cinzento é o mesmo. venham as explicações que vierem, o que conta é a percepção.
salvaguarde-se, no entanto, uma coisa importante: aparentemente, rio está prestes a ganhar com maioria absoluta, o que poderá querer dizer que as gentes do porto continuam a apostar em duques e aristocracia diversa.
pelos vistos, ainda falta muito para que o norte deixe de ser feudal.

De Virgínia Coutinho a 05.10.2009 às 19:59

Na minha opinião estes cartazes estão francamente bons...

A conjunção dos azuis com os cinzas transmite equilibrio, tranquilidade, serenidade, o que me parece extremamente adequado para o contexto.

As variações, tanto ao nível da imagem de fundo, como mesmo o facto de serem diferentes fotografias, fazem com que não seja uma mera declinação do mesmo conceito e dê um maior dinamismo à campanha no seu todo.

"Porto, a nossa cidade de eleição", usando o duplo sentido da palavra, é um óptimo slogan.

O "Porto a 100%" é que deixa um pouco a desejar...

Opinião de uma leiga...

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