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E Carlos,
depois das declarações ao Dinheiro Vivo, escrevi no facebook:
De repente instalou-se a narrativa (tinha de escolher esta palavra tão em voga no léxico político nacional) que os candidatos autárquicos do PSD andam a esconder o símbolo e referências ao partido nos seus cartazes e materia...is de comunicação. Vamos lá a ser objectivos nisto. Em primeiro, a opção de no inicio não apresentar referências a partidos não é uma novidade, façam uma pesquisa a campanhas anteriores e facilmente o comprovarão. Depois isto não é um exclusivo de qualquer partido. E facto ainda mais relevante é a escolha de cores. Candidatos do PSD que não optam pelo laranja, candidatos do PS que fogem do vermelho e rosa, candidatos do PCP com outras cores que não o vermelho, etc., é algo que existe hoje como sempre. Em segundo, no fim da linha, os candidatos não podem fugir a que no boletim de voto lá esteja o símbolo do partido. Mesmo que façam uma coligação e até consigam lá ter o seu nome, os símbolos dos partidos que compõem a coligação têm que estar presentes. Agora focando já nestas eleições, é natural, tendo em conta o cenário político e social, que vários candidatos tenham esta tendência. Mas é algo em que o dedo não pode ser apontado a qualquer candidato. Já ouvi, por exemplo, esta narrativa sobre Menezes e Moita Flores, dois políticos que se podem dar “ao luxo” de não destacar o partido pelo qual são candidatos nas primeiras fases da sua campanha, pois têm índices de notoriedade que o permitem fazer. E No caso de Menezes todas as pessoas sabem qual o seu partido, pelo que não precisa de o afirmar. Esta vontade de apontar o dedinho, para minimizar alguns candidatos é tal que até já vi criticarem candidatos por terem o símbolo em pequeno num canto do cartaz. Isto é assim hoje e já o era anteriormente e é transversal a todos os partidos. Sim, é uma realidade, mas entrar em generalizações é um erro.